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viernes, 16 de noviembre de 2012

Tem que se ter paciência...

É muito difícil, hoje, termos paciência com as coisas do dia a dia.  É o imediatismo típico da era digital.   Queremos rapidez, eficiência, praticidade.   Mas esta exigência entra em confronto com a realidade enfrentada nos aeroportos do país.   Tudo é confuso, muito pouco prático e lógico, extremamente pouco eficiente.  Do projeto arquitetônico ao preparo dos funcionários, tudo carece de melhorias, ajustes, treinos, preparação.   Imagina quando for a Copa??????????????

Esta semana vivi dois exemplos típicos do que lhes estou falando. 

Caso 1:  Busquei a fila preferencial para o Checkin da Gol no aeroporto do Rio de Janeiro. Estou na fila e chega uma senhora da empresa aérea, devidamente identificada:
Gol: A senhora tem que passar para aquela fila.
Eu: Estou na fila preferencial.
Gol: Mas esta fila do lado também é preferencial.  Esta aqui é só para pessoas em cadeira.
Eu: Mas quem falou isso?
Gol: A senhora não vê o desenho da cadeira pintada no chão?

Quase surtei.  Imaginem o despreparo.   A funcionária não foi informada que o símbolo azul da cadeira de rodas não se restringe aos cadeirantes, mas a todos os portadores de mobilidade reduzida, ou seja, a todos os portadores de necessidades especiais.

Caso 2:  Desembarque do aeroporto Congonhas, São Paulo.   Na saída do portão, uma pequena confusão, vozes exaltadas, gestos exagerados.   Motivo: Neto de uma senhora de 94 anos, que estava viajando desacompanhada, não recebeu a menor ajuda para puxar sua mala.  Tudo bem que era mala de rodinhas, que não era grande a mala, mas ninguem da companhia aérea teve a delicadeza de oferecer uma ajuda.   O neto, com toda razão, estava indignado.

Há mais ou menos dois meses, aconteceu um caso mais grave ainda.

Caso 3: Viajando de São Paulo  para Rio de Janeiro, enfrentamos uma terrível tempestade que nos obrigou a retornar para Congonhas.   Já em terra novamente, fomos informados que a aeronave reabasteceria e regressaríamos para o Rio de Janeiro.  Uma passageira ao meu lado, chama a aeromoça e pede auxilio, informando que é cadeirante e precisa ir ao banheiro.   A aeromoça pede que ela aguente mais um pouco e ela, passageira, informa que precisa fazer a sonda, pois já está há muitas horas sem urinar.   Neste momento começa uma verdadeira história de horror.
Ninguem na aeronave sabia como abrir a cadeira de rodas emergencial, aquela que fica escondida num compartimento entre as paredes.  Chamaram até o pessoal de terra e nada.  Depois de muita luta, conseguem destravar a cadeira, mas não conseguem elevar sua altura.   A passageira se resigna a usar a cadeira na sua altura mínima. Fica no comportamento da cozinha com a cortina fechada para  ter certa privacidade durante seu procedimento com a sonda.   Passado algum tempo, escutamos um  ruído seco e vemos a cadeira passa correndo por baixo da cortina, sem a passageira estar nela.   A moça estava estatelada no chão.  Por sorte, ela já havia finalizado seu procedimento.   I


Tudo isto, aconteceu, gente!!!!   É a mais pura e triste verdade.   Quando vamos cair na real de que temos que investir em pessoal, qualificação e preparo tanto das pessoas físicas quanto das pessoas jurídicas que nos atendem?

Será  que a mágica transformadora vai acontecer até 2014 ou 2016?

Tenho minhas dúvidas...